terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Amor impossível!...

Na mesma noite sem estrelas, o nosso Gato foi a caminho de um animal muito feroz; a cobra-cascavel.
Mas antes de se ir embora ele escreveu um belo poema para a Andorinha, sabendo que ninguém ia gostar da ideia, mas meteu-o num sítio que só eles dois é que sabiam.
Passaram-se meses e, do Gato, nem sinal. Estava no meio de dois penedos alimentando-se da cobra-cascavel e de um ou outro insecto raro que lhe aparecia.
No entanto, a Andorinha estava feliz com o Rouxinol. Mas, num dia de frio, foi ao sítio onde estava a carta. Estava muito danificada mas conseguia-se ler o seguinte poema:
Nunca vi ninguém
Alguém como tu
Animal como tu
Nunca vi ninguém.
Com ar sorridente,
Amoroso e quente,
Amigo e presente
De um animal nu.

Animal sem pecados
Animal muito amado
Por um gato feio
Velho e desajeitado.

Amo-te muito
Andorinha Sinhá
Irei ver-te um dia
Numa bela manhã.

A Andorinha ficou com uma dor no seu coração após ter lido a carta. Era a dor do amor e das saudades do Gato.
Este nunca voltou, para a Andorinha sentir o que ele sentiu, após aquele dia em que ele se foi embora do parque.
O Gato acaba por morrer à fome e de velhice e a Andorinha viveu até ao fim dos seus dias com a dor do amor e das saudades do seu Gato Malhado.

Diogo Silva, 8ºC nº 8

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